Especialista destaca avanços na medicina reprodutiva e acesso crescente de casais do mesmo sexo a tratamentos com segurança e respaldo legal
A medicina reprodutiva evoluiu de forma expressiva nas últimas décadas, tornando possível que casais homoafetivos também realizem o sonho de construir uma família com filhos biológicos. Por meio de técnicas modernas de reprodução assistida, esses casais têm hoje diversas opções de tratamento, com respaldo ético, legal e científico.
Segundo o ginecologista e especialista em reprodução humana Dr. Gustavo Teles, o acesso à reprodução assistida por casais do mesmo sexo já é uma realidade consolidada no Brasil, amparada pelas normas do Conselho Federal de Medicina (CFM).
“Casais homoafetivos femininos e masculinos podem recorrer a diferentes técnicas, como inseminação intrauterina, fertilização in vitro (FIV), uso de gametas doados e gestação por barriga solidária. A escolha do método depende de fatores médicos, legais e do desejo de cada casal”, explica o especialista.
No caso de casais femininos, uma das técnicas mais utilizadas é a inseminação intrauterina com sêmen de doador anônimo, um procedimento menos invasivo e de menor custo. Já casais masculinos geralmente recorrem à fertilização in vitro com óvulos de doadora e gestação realizada por barriga solidária, sempre respeitando os critérios estabelecidos pelo CFM, como o grau de parentesco da mulher que irá gestar.
Dr. Gustavo Teles é médico da Clínica Hope Medicina Reprodutiva e responsável técnico da Somos Ovum Medicina Reprodutiva. Formado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, com residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, tem especialização em Reprodução Humana pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo.
Ele destaca que cada vez mais clínicas estão se preparando para oferecer um atendimento acolhedor, inclusivo e humanizado para casais homoafetivos, respeitando suas escolhas e individualidades.
“A medicina reprodutiva deve ser um instrumento de inclusão. Todas as pessoas que desejam ter filhos merecem acesso a um tratamento ético, seguro e respeitoso, independentemente de sua orientação sexual ou configuração familiar”, afirma o médico.
Além dos aspectos clínicos, o especialista reforça a importância de um acompanhamento multidisciplinar, com suporte psicológico e jurídico durante o processo. Isso garante segurança emocional ao casal e estrutura legal adequada para o registro da criança e demais trâmites necessários.
“Formar uma família é um direito de todos. Com os avanços da medicina e o apoio de uma equipe especializada, é possível transformar esse sonho em realidade de forma segura e responsável”, conclui Dr. Gustavo.
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